Brasil brilha no IEM Fall e prova ser potência no CS:GO competitivo

Não restam dúvidas que, um pouco contra as probabilidades avançadas antes desse torneio, as equipes brasileiras de CS:GO, presentes no IEM Fall América do Norte, estão conquistando o torneio de assalto. Para que se tenha uma noção desse sucesso, dos cinco pontos principais da PGL, atribuídos na América do Norte (AN), três foram conquistados por equipes brasileiras: FURIA Esports, GODSENT e paiN Gaming.

Para além disso, está garantido que a IEM Fall, etapa norte-americana, irá mesmo contar com um time brasileiro como grande vencedor: GODSENT e FURIA irão se enfrentar na grande final.

Ora, se os fãs brasileiros de CS:GO estão entusiasmados por esse enorme desempenho, outros estão desapontados com os times domésticos da AN, que não conseguiram se apresentar ao melhor nível. Grandes times locais como Bad News Bears, Triumph e Extra Salt eram os favoritos. No entanto, o sólido desempenho das equipes brasileiras e o poderoso jogo de equipe fizeram com que seus colegas de AN caíssem no esquecimento.

IEM Fall prova que a cena americana está praticamente morta?

Por quase dois anos, CS:GO americano tem lutado para se manter à tona. A pandemia COVID-19 tornou a competição offline impossível. Além disso, a falta de organizações interessadas em investir no cenário de NA deixou os jogadores por conta própria. Como resultado, os concorrentes e organizações em busca de estabilidade financeira e retornos de investimento fizeram a transição para o cenário VALORANT emergente.

Como já deverá saber, muitos jogadores profissionais de AN CS:GO se mudaram para o VALORANT, causando uma notável escassez de talentos de alto nível. Como resultado, muitas equipes lutam para encontrar jogadores prontos para o mais alto nível de jogo competitivo. Enquanto as equipes domésticas de NA trabalham para reconstruir escalações fortes, as seleções brasileiras que permaneceram juntas estão começando a ganhar seu destaque.

Quando solicitado a comentar sobre o desempenho da paiN e do GODSENT e a próspera cena brasileira, o jogador do FURIA Vinicius “VINI” Figueiredo disse que uma das razões pelas quais o Brasil está ultrapassando a AN é porque “a cena americana está praticamente morta”. Vini continuou: “Acho que foi o torneio certo e a hora certa, [paiN e GODSENT] são grandes equipes. ”

Brasil está se tornando potência e América falha no CS:GO

Um fator essencial que impede as equipes domésticas de AN de alcançarem um nível mais alto de jogo competitivo é o acesso ao treinamento de qualidade. Não é nenhum segredo que as equipes europeias do CS:GO são conhecidas por sua estrutura e cenas competitivas. Antes das restrições impostas às viagens para a UE, não era incomum as equipes de NA viajarem para o exterior para jogar torneios da UE e boot camp.

De fato, um repórter pediu ao jogador VINI para comparar o nível de competitividade entre as cenas da UE e da AN. O jogador, desapontado, admitiu que FURIA teve dificuldades para treinar em AN.

“Nós nem tínhamos como treinar aqui. É muito difícil encontrar equipes para praticar ”, disse ele. VINI explicou que, por não querer enfrentar times que enfrentarão em um torneio, o FURIA não tinha “basicamente nada”. Em vez disso, o grupo se contentou em “conversar e revisar” estratégias em vez de agendar estratégias.

Qual é o futuro do CS: GO competitivo na América do Norte?

É certo que os últimos dois anos foram uma batalha difícil para a AN de CS: GO. No entanto, a notável resiliência de equipes como Triumph, Extra Salt e Bad News Bears manteve a comunidade unida. Bad News Bears, em particular, é um exemplo impressionante de como cultivar uma base de fãs sólida e comprometida organicamente.

Além disso, o Triumph, um time que foi ridicularizado por um erro de um jogador, mostrou no IEM Fall que seu time pode se recuperar. Por fim, o Extra Salt é uma equipe que exala potencial e, tendo oportunidades adicionais para treinar na UE, pode atingir o mais alto nível de jogo.