História no gaming: pesquisa prova que há mais gamers mulheres que homens

Ao contrário do que se poderia pensar, as últimas pesquisas da organização independente Pesquisa Game Brasil (PGB) garantiram que a maioria dos gamers que se interessam por live streams de jogos são femininas. Ou seja, o preconceito que toda essa indústria em crescimento é pensada para o setor masculino, provou estar muito errado. Mas o que faz com que mais gamers femininas se interessem por toda essa indústria de gaming?

Em uma fase em que o número de pro players femininas, em indústrias como o eSports, está aumentando de forma considerável, a verdade é que todo esse setor já está na maioria. Segundo essa pesquisa recente, 51,5% dos gamers brasileiros que consomem conteúdo de gaming são mulheres. Portanto, os homens passam a ser a minoria, algo que, ainda há poucos anos, seria totalmente impensável.

Isso porque, em jogos como Tekken, ou até mesmo de fps, as desenvolvedoras centravam muitos de seus esforços no público-alvo masculino. Que, segundo o que se pensava até aquele momento, seria esse mesmo público quem poderia se interessar mais por games mais violentos e com níveis de agressividade superiores. Além disso, jogos como FIFA, NBA, entre outros, acabavam tendo um pouco o mesmo “target” mais masculino.

Popularidade de outros games atraiu um público diferente

Em uma fase em que, atualmente, a maioria das pessoas têm acesso em segundos a jogos e conteúdos sobre esses jogos, acaba sendo natural que os dados dos gamers acabem indo de encontro com a realidade. Uma vez que existem ligeiramente mais mulheres do que homens no Brasil (mas também no mundo), é natural que fosse uma questão de tempo até que essa tendência de maioria pudesse mesmo surgir.

Ora, a verdade é que não foi necessário ter que aguardar muito tempo. Sendo agora o público feminino a maioria dos gamers e consumidores de gaming no país, será que vai existir uma enorme transformação nos próximos lançamentos das grandes desenvolvedoras? A dúvida está muito presente. Porém, o que esses anos também tem demonstrado é que jogos como LoL, Valorant, Fortnite ou COD, apesar de seu teor um pouco mais violento, está conseguindo atrair jogadores de todos os sexos e faixas etárias.

Isso porque, ao contrário do que acontece em esportes mais tradicionais, no gaming uma mulher terá precisamente as mesmas condições de sucesso de que qualquer outro homem. Logo, também deverá ser uma questão de tempo até que possamos assistir, com maior regularidade, a mulheres que possam entrar no topo de grandes equipes de eSports. Contudo, quanto tempo será realmente necessário?

Gamers femininas ainda se queixam muito de discriminação

Apesar de já representarem a maioria dos gamers e consumidores desse tipo de conteúdo, muitas jogadoras garantem, publicamente, que ainda são alvo de muito preconceito e discriminação. Ainda hoje em dia, apesar da maior democratização no acesso aos games, é considerado estranho, para muitos, uma mulher assumir abertamente que é uma gamer de grande qualidade, tendo os jogos como sua verdadeira paixão.

Para além disso, apesar dos resultados de eSports demonstrarem como o nível feminino competitivo está subindo de forma muito acelerada, muitos gamers mais conversadores não acreditam que as mulheres consigam competir ao mesmo nível que os homens. Portanto, como se pode comprovar, existe ainda uma grande barreira e entraves para que as mulheres possam ter uma fatia grande de toda a indústria gaming.

Logo, se espera que possa ser uma questão de tempo até que todos esses preconceitos possam desaparecer. Até porque, um pouco como já acontece em diferentes áreas, o mais provável é que a tendência no eSports seja de maior presença e superior qualidade nas partidas femininas.